domingo, 14 de fevereiro de 2010

1 Nefi - Capitulo 8

Nefi relata que Leí teve uma visão da árvore da vida. Sonhou que comeu de seus frutos e desejou que sua familia fizesse o mesmo. Juntaram todo tipo de sementes de toda espécie, tanto de grãos de toda espécie, como de sementes de frutas de toda espécie.

E aconteceu que durante a permanência de seu pai no deserto, ele falou a seus filhos. Eis que eu sonhei um sonho, ou eja, tive uma visão. Pelas coisas que eu vi, tenho motivos para alegrar-me no Senhor, por causa de Néfi e também de Sam, pois tenho motivos para acreditar que eles e também muitos dos seus descendentes serão salvos. Porém, para vocês Lamã e Lemuel, eu temo pelo que vi, pois o que vi foi um deserto.

Ainda contando sobre o seu sonho, sua visão, Leí disse que viu um homem de branco, que pediu-lhe que o seguisse. E ele assim o fez. Por horas, seguiu-o por um caminho escuro, um deserto negro e escuro. Preocupado com o que pudera acontecer, começou a orar para Deus, por seu futuro, pelo futuro dos seus. Pediu clemência por ele, e foi ai que viu um enorme campo e nesse campo uma árvora, cujo fruto era desejável de se comer, só de se ver. Era desejável com a capacidade de fazer uma pessoa feliz.

Leí aproximou-se da árvore, comeu de seu fruto, e viu tratar-se de um fruto dos mais doce dos que já houvera comido até aquele dia. Ele desejou que sua família comesse deste fruto. Procurou por eles, olhou para tras, tentou encontrá-los. De repente, percebeu que passava um rio ao lado da árvore, com uma água limpirda. Olhou para a sua nascente, e viu que lá estavam Saria, Nefi e Sam. Mas estavam lá, sem saber para onde ir.

Ele acenou para os tres e os convidou a acompanhá-lo e a comer dos frutos daquela árvore, o que eles fizeram. Ele desejou também que Lamã e Lemuel estivessem juntos com eles. Olhou para a nascente a procura deles, convidou-os a ir ter com ele e a comer dos frutos, o que eles recusaram.

Ele viu também uma barra de ferro que ia da nascente do rio até a árvora, e abria um caminho para um terreno largo, espaçoso, que mais parecia um mundo, com multidões de pessoas buscando entrar neste caminho apertado, para chegar à árvore e comer deste fruto da vida. Muitos começaram a andar pelo caminho, mas aconteceu que se levantou uma névoa de escuridão tão densa, que os que haviam iniciado o caminho se extraviaram dele e, sem rumo, perderam-se. E aconteceu que outros avançaram sem esforço e conseguiram segurar a barra de ferro e conseguiram chegar à árvore e comer de seus frutos.

Leí continuou contando sua visão, e comentou que viu do outro lado do rio um grande e espaçoso edificio, que parecia flutuar no ar. Este edificio, que flutuava sobre a terra, estava cheio de gente, velhos e jovens, homens e mulheres, e suas vestimentas eram finas e sua atitude era de escárnio, apontando para os que estavam ao lado da árvore, a ponto de envergonhar aos que estavam ou haviam comido do fruto da árvore. Os que se envergonharam, desviaram-se do caminho da verdade, e perderam-se por caminhos proibidos.

Os que se perderam entraram no edifício e zombaram com os outros, apontando-nos, mas nós não ligamos para eles, não lhes demos atenção.

Todos os que lhes deram atenção perderam-se da presença do Senhor. E por tudo isso, Leí ainda comentou seu temor por Lamã e Lemuel, e tinha medo que fossem expulsos da terra de Deus. Lei ainda pregou a eles, pediu-lhes que lhe desse ouvidos, que acreditassem em suas palavras.

Depois disso, pediu-lhes que guardassem os mandamentos do Senhor, que acreditassem em suas palavras, e depois disso, não voltou a falar-lhes.